Sobre o cadáver de uma escola morta, somos convidades a olhar pelas frestas de uma janela, suspensa. Janela estrangeira, estranhamos. O que se vê? Uma discussão sobre o início. Abre nova possibilidade de sentir: sentir. E confiar -fiar com, em conjunto- o aprender.
Confiar o aprender, ao sentir. Síntese tecida sobre as palavras-possibilidades levantadas por Larossa, que propõe que se olhe para a educação, não por uma janela, mas adentrando a porta de uma outra possibilidade, viva: uma perspectiva existencial e estética. Palavras-possibilidades levantadas por Kantor, palavras renascidas em silêncio da falta do movimento dos manequins, pessoas-manequins carregando manequins crianças. Memória, vestígio, rastros.
Entramos, procurando últimos respiros. O autor apresenta o pulso vivo das palavras. Entramos, agora em cada palavra, feita de tantas outras. Con-fiamos uma nova realidade, que reage à morte, matamos o que sufoca o organismo comunicação:
informação pela informação pela informação, opinião pela opinião pela opinião,temposufocado,trabalho para conformar a vida: a vida para trabalhar. Mas como conseguir o cargo, sem experiência? Mas como não carregar o corpo, lugar-território onde experiência nos passa? Corre experiência na minha direção, impossível de alcançar.
Nos atravessamos, convite para fazer nascer espaço de passividade apaixonada, de receptividade primeira e de abertura essencial. Conhecer sem dominar, conhecer para desconhecer, reconhecer, caminhando para abrir o caminho. Abrir as vias de ida e volta de uma respiração coletiva, até que o suspiro vire canto-uno, onde todas as vozes vibram e ecoam e moldam a palavra-moeda-de-troca: experiência.
Somos uma legião.