Reflexão da semana 11 e 12/4

Excelente reflexão! Vocês me inspiraram a escrever também. Aqui vai:

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Cada ser humano é um templo.

Como artistas, atores, atrizes, de alguma forma nós somos nossa própria obra de arte. Nosso trabalho é esculpir nosso próprio templo, ou seja, esculpir a nós mesmos.

Cada ser humano é também um tempo.

Se, por um lado, vivemos todos orientados pelo mesmo tempo cronológico dos relógios, por outro, cada ser humano tem um tempo diferente, cada coração bate em uma pulsação, única. Por isso, devemos também aprender a esculpir nosso próprio tempo.

É justamente quando aprendemos a cuidar do nosso próprio templo e respeitar nosso próprio tempo, que uma chave é virada. Deixamos de nos preocupar tanto com o templo e o tempo dos outros e passamos a degustar mais a nossa vida, o nosso processo. Nosso local de prazer deixa de ser apenas o do acerto, e passa a estar também na feitura.

Então, o resultado não importa? Claro que importa. Assim como a luz precisa da escuridão, o processo e o resultado andam lado a lado.
Será que algum dia vamos deixar de precisar de aprovação, deixar de sentir prazer com o acerto? Não. Somos seres humanos, permeáveis, vulneráveis, precisamos de elogios e reconhecimento. Não há nada mais natural do que gostar de acertar, sentir prazer nisso.

O problema é o desequilíbrio. É manter o foco exclusivamente no acerto, no resultado.

Por isso, o caminho ideal parece ser o do meio, o do equilíbrio em movimento, que combina processo e resultado, erro e acerto, dor e prazer, e transcende todos eles.

Trilhando esse caminho, existe uma mentalidade que pode nos ajudar muito: a do aprendiz. Como artistas, aprendizes, em constante evolução, podemos até não gostar [ainda] do teatro que fazemos (resultado), mas amamos fazer teatro (processo). E talvez isso seja o mais importante.